Slender The Arrival
A história deste jogo não é complexa, mas nem por isso deixa de ser interessante de seguir. Neste título, vestimos a pele de Lauren, que vai tentar desvendar o misterioso desaparecimento de sua amiga, Kate. Tudo começa em casa de Kate, quando Lauren a encontra vazia, num silêncio absoluto.
Lauren depressa fica a saber que algo de assustador se passou, quando encontra pela casa desenhos estranhos pintados nas paredes e também em papel de Slender Man. Cabe a Lauren refletir, encontrar o maior número de pistas possível e enfrentar a escura floresta em busca de Kate.
Muitos sustos, muita adrenalina e muita corrida vão testar a coragem e o discernimento de Lauren, em alturas de stress. A floresta é escura, silenciosa e esconde vários perigos, principalmente o Slender Man que está sempre à espreita.
A mecânica do jogo é simples, somos munidos de uma lanterna e nada mais. Aqui, só podemos contar com a nossa inteligência, destreza e em caso de nada dar certo, fugir pela vida. Mas, não contem fazer sprints a cada minuto, pois tal como na vida real, aqui a personagem também se cansa.
Ao longo de todo o jogo apenas temos a perspectiva de primeira pessoa, daí que, não há muito a dizer sobre a naturalidade dos movimentos, basicamente é movimentar com o rato. De salientar que, o Oculus Rift é oficialmente suportado, basta terem o vosso jogo atualizado.
A premissa é, com a ajuda da lanterna, descobrir o nosso caminho pela densa floresta, ao mesmo tempo que tentamos encontrar pistas (papeis escritos com várias informações) sobre o que poderá ter acontecido a Kate e também ao seu amigo de infância C.R, que foi para a floresta antes de Lauren.
Mas, não será apenas isso, terão outros desafios pela frente, tais como encontrar chaves, ligar geradores e claro está, tentar esquivar ao máximo das garras do Slender Man. Existirão alturas, que só vão querer que ele simplesmente desapareça, tal o desassossego que provoca na nossa mente.
A nível gráfico, o jogo é bastante limitado. Não que tenha um grafismo de uma década atrás, mas é evidente a diferença para outros jogos de terror, como por exemplo o Outlast, que saiu igualmente no ano transato.
Contudo, diferentes níveis de personalização das texturas são possíveis, desde o Low até ao High, acrescentar Anti-Aliasing e afins. O jogo na qualidade máxima fica incomparavelmente mais bonito do que nos detalhes mínimos, mas também a exigência para o sistema é maior.
No geral, não deslumbra neste quesito, mas cumpre perfeitamente, até porque, o porta estandarte deste jogo não é o grafismo, mas sim, a imersão que pretende e consegue transmitir a quem o joga.Resta então dizer que, apesar de a optimização ter ainda um bom caminho para percorrer, estamos perante um jogo bem conseguido, com um ambiente intenso, que mergulha o jogador numa experiência aterrorizante. Os mais impressionáveis vão saltar da cadeira, vão suster a respiração e vão desejar sair do jogo durante alguns instantes para recuperar o fôlego. Mesmo os chamados homens de barba rija não vão ficar indiferentes, e no final vão ficar a pensar que afinal a barba não é tão rija assim.
Existem várias dificuldades para escolher e o tempo de jogo vai depender delas. Quanto mais baixa a dificuldade, mais rápido se terminará, mas também menos se tirará partido de tudo o que o jogo tem para oferecer. Daí que, no mínimo é aconselhável jogar no modo Normal.
Este título é curto, sendo possível completar toda a história com relativa calma em menos de 2 horas (no final têm acesso às estatísticas). É organizado em seis capítulos e o progresso é apenas salvo no final de cada um, por isso, tenham cuidado nas vossas pisadas, se morrerem a meio de um capítulo têm de voltar ao inicio do mesmo. No entanto, na versão Steam têm 23 proezas para conquistar, o que pode aumentar bastante o tempo útil de jogo, além de que, os produtores colocam em todos os novos patchs segredos para encontrar.
Em suma, Slender: The Arrival é bem elaborado, tem uma fantástica atmosfera e é a prova de que um jogo interessante não precisa de ser muito complexo. Este Slender usa formas básicas de assustar, mas que por qualquer razão resultam sempre.
0 comentários: